Os agentes do Estado não podem continuar a
legislar para garantir o desânimo e o desestímulo dos nossos alunos a pretexto
de incluir. O aluno tem que sentir que ele é um cidadão capaz de conquistar. A
inclusão está longe de ser satisfatória. É difícil de ser feita, é fato, mas
não se pode achar que ela acontece somente matriculando-se alunos em uma classe e
dizer que o resto é com o professor. É preciso ter um suporte técnico que não
seja simbólico e que dê conta da demanda. O Estado pode, deve e consegue fazer
uma escola de qualidade se gastar corretamente o dinheiro do contribuinte.
Ter coragem de sepultar a progressão continuada é
começar a reconhecer a nudez do rei. Isso forçaria a revisão de vários outros
conceitos sobre o papel da escola, fazendo com que as políticas públicas falem mais
alto do que os mandatos públicos e cargos de confiança. A sociedade tem que parar
de desviar-se do foco, encarar os números negativos de frente e parar de
perguntar somente ao professor o que ele poderia fazer. Como está, cada um faz o que pode e cabe ao professor o milagre.
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