quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O rei está nu (e acham isso normal)



Os agentes do Estado não podem continuar a legislar para garantir o desânimo e o desestímulo dos nossos alunos a pretexto de incluir. O aluno tem que sentir que ele é um cidadão capaz de conquistar. A inclusão está longe de ser satisfatória. É difícil de ser feita, é fato, mas não se pode achar que ela acontece somente matriculando-se alunos em uma classe e dizer que o resto é com o professor. É preciso ter um suporte técnico que não seja simbólico e que dê conta da demanda. O Estado pode, deve e consegue fazer uma escola de qualidade se gastar corretamente o dinheiro do contribuinte.

Ter coragem de sepultar a progressão continuada é começar a reconhecer a nudez do rei. Isso forçaria a revisão de vários outros conceitos sobre o papel da escola, fazendo com que as políticas públicas falem mais alto do que os mandatos públicos e cargos de confiança. A sociedade tem que parar de desviar-se do foco, encarar os números negativos de frente e parar de perguntar somente ao professor o que ele poderia fazer. Como está, cada um faz o que pode e cabe ao professor o milagre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário